quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Trabalho com os sonhos

A nossa relação conosco e com o mundo é influenciada basicamente pela nossa mitologia pessoal - um sistema de crenças, valores e imagens organizado ao redor de um tema central.

Esses mitos explicam como o mundo funciona, estabelecem vínculos do indivíduo com a sociedade e apoiam suas necessidades existenciais.

Construímos a partir destes mitos, uma versão do mundo, que tomamos como sendo a realidade.

Esta distorção perceptiva é conseqüência de estarmos inconscientes dos mitos que formam nossa visão das coisas.

O resultado é a criação constante de conflitos entre o indivíduo e o mundo à sua volta.

Compreendendo que nossa mitologia pessoal pode tanto trazer equilíbrio quanto perpetuar a dor e a confusão em nossas vidas, podemos utilizar os sonhos para:

- perceber os conflitos decorrentes de nossa mitologia pessoal

- aproveitar, dos elementos do mito oposto, aqueles que ofereçam alternativas à nossa visão habitual.

Existem muitas possibilidades para explicar o potencial criativo dos sonhos.

As principais hipóteses consideradas e estudadas atualmente são:

1. os sonhos têm acesso a memórias esquecidas e a memórias apenas vagas;
2. os sonhos combinam de modo novo elementos da experiência pessoal, valendo-se de símbolos poderosos e/ou imagens bizarras.

Resumidamente podemos dizer que:

1. Os sonhos não têm símbolos universais.
2. Nos sonhos, as ações nunca são acidentais.
3. Os sonhos contém informações importantes e desconhecidas para aquele que sonha.
4. Cada sonho nos oferece possibilidades novas de nos compreendermos.
5. Quase todo sonho revela a dinâmica de vida do sonhador.
6. A função do sonho é explorar o impacto emocional das experiências vividas.
7. Os sonhos nos revelam como nossa consciência se organiza á noite, para nos tornar conscientes de nossos sentimentos.

Acredita-se que analisando os sonhos podemos compreender muito de nossos conflitos.

Para isso precisamos desenvolver as seguintes habilidades:

1. habilidade de reexperienciar os sentimentos vivenciados em seus sonhos.
2. reconhecer áreas de sua vida atual que suscitam emoções similares ao do sonho.
3. evitar interpretar o sonho pois isso seria segundo nossa mitologia pessoal que é a fonte do conflito.
4. ser capaz de identificar metáforas, trocadilhos e ações simbólicas, pois é desta maneira que são revelados em nossos sonhos os aspectos conflitantes de nossas vidas.

Autor: Roberto Ziemmer

As duas pulgas

Muitas empresas caíram e caem na armadilha das mudanças drásticas de coisas que não precisam de alteração, apenas aprimoramento. O que lembra a história de duas pulgas.

Duas pulgas diretoras estavam conversando e então uma comentou com a outra:

- Sabe qual é o nosso problema? Nós não voamos, só sabemos saltar. Daí nossa chance de sobrevivência quando somos percebidas pelo cachorro é zero. É por isso que existem muito mais moscas do que pulgas.

Elas então decidiram contratar uma mosca para treinar todas as pulgas a voar e entraram num programa de treinamento de vôo e saíram voando. Passado algum tempo, a primeira pulga falou para a outra:

- Quer saber? Voar não é o suficiente, porque ficamos grudadas ao corpo do cachorro e nosso tempo de reação é bem menor do que a velocidade da coçada dele, e ele nos pega. Temos de aprender a fazer como as abelhas, que sugam o néctar e levantam vôo rapidamente.

Elas então contrataram uma abelha para lhes ensinar a técnica do chega-suga-voa. Funcionou, mas não resolveu... A primeira pulga explicou por quê:

- Nossa bolsa para armazenar sangue é pequena, por isso temos de ficar muito tempo sugando. Escapar, a gente até escapa, mas não estamos nos alimentando direito. Temos de aprender como os pernilongos fazem para se alimentar com aquela rapidez.

E então um pernilongo lhes prestou treinamento para incrementar o tamanho do abdômen. Resolvido, mas por poucos minutos.... Como tinham ficado maiores, a aproximação delas era facilmente percebida pelo cachorro, e elas eram espantadas antes mesmo de pousar. Foi aí que encontraram uma saltitante pulguinha, que lhes perguntou:

- Ué, vocês estão enormes! Fizeram plásticas?

- Não, entramos num longo programa de treinamento. Agora somos pulgas adaptadas aos desafios do século XXI. Voamos, picamos e podemos armazenar mais alimento.

- E por que é que estão com cara de famintas?

- Isso é temporário. Já estamos fazendo treinamento com um morcego, que vai nos ensinar a técnica do radar, de modo a perceber, com antecedência, a vinda da pata do cachorro. E você?

- Ah, eu vou bem, obrigada. Forte e sadia.

Mas as pulgonas não quiseram dar a pata a torcer, e perguntaram à pulguinha:

- Mas você não está preocupada com o futuro? Não pensou em um programa de treinamento, em uma reengenharia?

- Quem disse que não? Contratei uma lesma como consultora.

- Mas o que as lesmas têm a ver com pulgas, quiseram saber as pulgonas...

- Tudo. Eu tinha o mesmo problema que vocês duas. Mas, em vez de dizer para a lesma o que eu queria, deixei que ela avaliasse a situação e me sugerisse a melhor solução. E ela passou três dias ali, quietinha, só observando o cachorro e então ela me disse: "Não mude nada. Apenas sente na nuca do cachorro. É o único lugar que a pata dele não alcança".

MORAL DA HISTÓRIA:

Você não deve focar no problema e sim na solução.
Para ser mais eficiente é necessário escutar mais e falar menos.
Muitas vezes, a GRANDE MUDANÇA é uma simples questão de reposicionamento.

Max Gehringer

terça-feira, 10 de maio de 2011

Tenha sempre objetivos

Em tese, não há nada mais difícil do que administrar uma vida em que se tem tudo o que se quer, em que todos os objetivos, praticamente, tenham sido atingidos. Digamos que as fadas existam e que uma delas, com um toque da varinha de condão, faça com que todos os nossos sonhos virem realidade – todos de uma vez só; num primeiro momento, aquela necessidade de falar com alguém será premente, pois a felicidade é apenas parcial se não houver um amigo para quem contar nossas venturas. Aí, depois do susto, dormimos mal diante de tantas emoções. Acordamos no dia seguinte, adaptandonos às novas circunstâncias (coisa facílima quando elas são boas) e, uma semana depois, percebemos que, como agora temos tudo o que sempre se quis, a vida ficou meio sem graça, sem sentido. A tragédia pessoal definitiva adviria se estivesse implícito que nunca desejaríamos nada diante da realização de todos os nossos desejos.