sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A fita métrica do amor

Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado. É pequena pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.

Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.

Nem tudo é fácil

É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!

Cecília Meireles

Texto da Clarisse Lispector

Lindo texto das Clarisse Lispector. Conta um pouco da nossa vida, nossa rotina, nossos relacionamentos, nossas alegrias e tristezas. Principalmente, revela o amadurecimento da personagem, sua autosuficiência e confiança em seus próprios pincípios, erros e acertos.

Vejam:


"Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!"

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Atividades sismológicas do Brasil

Com tantas "novidades" sobre tremores de terra aqui no Brasil, resolvi pesquisar a respeito e encontrei umas explicações legais. Seguem:
"Por muito tempo, acreditou-se que o Brasil estivesse a salvo dos terremotos por não estar sobre as bordas das placas tectônicas - o movimento dessas placas estão entre as principais causas dos terremotos.

No entanto, sabe-se que os tremores podem ocorrer inclusive nas regiões denominadas "intraplacas", como é o caso brasileiro, situado no interior da Placa Sul-Americana. Nessas regiões, os tremores são mais suaves, menos intensos e dificilmente atingem 4,5 graus de magnitude.

Os tremores que ocorrem em nosso país decorrem da existência de falhas (pequenas rachaduras) causadas pelo desgaste da placa tectônica ou são reflexos de terremotos com epicentro em outros países da América Latina.

Ou seja, no Brasil os abalos sísmicos têm características diferentes dos terremotos que ocorrem, por exemplo, no Japão e nos Estados Unidos.

Nesses locais, existe o encontro de duas ou mais placas tectônicas - e as falhas existentes entre elas são, normalmente, os locais onde acontecem os terremotos mais intensos.

Embora a sismicidade ou atividade sísmica brasileira seja menos freqüente e bem menos intensa, não deixa de ser significativa e nem deve ser desprezada, pois em nosso país já ocorreram vários tremores com magnitude acima de 5,0 na Escala Richter, indicando que o risco sísmico não pode ser simplesmente ignorado.


Escala Richter
A primeira Escala Richter apontou o grau zero para o menor terremoto passível de medição pelos instrumentos existentes à época. Atualmente, a sofisticação dos equipamentos tornou possível a detecção de tremores ainda menores do que os associados ao grau zero, e tem ocorrido a medição de terremotos de graus negativos.

Teoricamente, a Escala Richter não possui limite. De acordo com o Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos, aconteceram três terremotos com magnitude maior do que nove na Escala Richter desde que a medição começou a ser feita. De acordo com outras fontes, como a Enciclopédia Britânica, tal marca nunca foi alcançada.


Regiões brasileiras e abalos sísmicos
No Brasil, os tremores de terra só começaram a ser detectados com precisão a partir de 1968, quando houve a instalação de uma rede mundial de sismologia. Brasília foi escolhida para sediar o arranjo sismográfico da América do Sul. Há, atualmente, 40 estações sismográficas em todo o país, sendo que o aparelho mais potente é o mantido pela Universidade de Brasília.

Há relatos de abalos sísmicos no Brasil desde o início do século 20. Segundo informações do "Mapa tectônico do Brasil", criado pela Universidade Federal de Minas Gerais, em nosso país existem 48 falhas, nas quais se concentram as ocorrências de terremotos.

Ainda segundo dados levantados a partir da análise de mapas topográficos e geológicos, as regiões que apresentam o maior número de falhas são o Sudeste e o Nordeste, seguidas pelo Norte e Centro-Oeste, e, por último, o Sul.

O Nordeste é a região que mais sofre com abalos sísmicos. O segundo ponto de maior índice de abalos sísmicos no Brasil é o Acre. No entanto, mesmo quem mora em outras regiões não deve se sentir imune a esse fenômeno natural.

Embora grande parte dos sismos brasileiros seja de pequena magnitude (4,5 graus na Escala Richter), a história tem mostrado que, mesmo em "regiões tranqüilas" podem acontecer grandes terremotos. Apesar de não ser alarmante, o nível de sismicidade brasileira precisa ser considerado em determinados projetos de engenharia, como centrais nucleares, grandes barragens e outras construções de grande porte, principalmente nas construções situadas nas áreas de maior risco.


Alguns tremores de terra registrados no Brasil
O maior terremoto que o país já teve ocorreu há mais de 50 anos, na Serra do Tombador, no Mato Grosso: atingiu 6,6 graus na Escala Richter. Mas há outros registros:


Mogi-Guaçu, São Paulo, 1922: 5,1 graus

Tubarão, Santa Catarina, 1939: 5,5 graus

Litoral de Vitória, Espírito Santo, 1955: 6,3 graus

Manaus, Amazonas, 1963: 5,1 graus

Noroeste do Mato Grosso do Sul, 1964: 5,4 graus

Pacajus, Ceará, 1980: 5,2 graus

Codajás, Amazonas, 1983: 5,5 graus

João Câmara, Rio Grande do Norte, 1986: 5,1 graus

João Câmara, Rio Grande do Norte, 1989: 5,0 graus

Plataforma, Rio Grande do Sul, 1990: 5,0 graus

Porto Gaúcho, Mato Grosso, 1998: 5,2 graus

Estado de Pernambuco: entre 2001 e 2005 foram registrados 1,5 mil tremores de terra de baixo impacto

Divisa entre Acre e Amazonas, 2007, 6,1 graus

Itacarambi, Minas Gerais, 09/12/2007: 4,9 graus (é o primeiro tremor da história do Brasil que provocou 1 morte, 5 feridos e varias casas destruídas).


Saiba mais
No Serviço Geológico do Brasil você poderá encontrar várias informações interessantes, além da seção "Pergunte ao geólogo" e uma "Mapoteca virtual".

Texto disponível em http://educacao.uol.com.br/geografia/terremoto-2.jhtm

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A cegueira do amor

Contam que uma vez se reuniram todos os sentimentos e qualidades do homem, em um lugar da Terra.

Quando o Aborrecimento já havia reclamado pela terceira vez, a Loucura, como sempre tão louca, lhe propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
A Intriga levantou a sobrancelha e a Curiosidade, sem poder se conter perguntou:
- Esconde-esconde? O que é isto?
É um jogo - explicou a Loucura, - em que eu fecho meus olhos, conto até um milhão, enquanto vocês se escondem.
Quando eu terminar de contar começo a procurá-los, e o primeiro que eu encontrar ocupa o meu lugar no jogo.

O Entusiasmo dançou, seguido pela Euforia. A Alegria deu tantos saltos que acabou convencendo a Dúvida e até a Apatia que nunca se interessava por nada. Mas nem todos participaram, a Verdade preferiu não se esconder : "Pra que se no final todos me descobrem?" Disse a Verdade.

A Soberba opinou que era um jogo muito tolo ( no fundo o que a incomodava era que a idéia não tinha sido dela) e a Covardia preferiu não se arriscar.
Um, dois, três...- começou a contar a Loucura.

A primeira a se esconder foi a Pressa que, como sempre, caiu atrás da primeira pedra no caminho. A Fé subiu ao céu e a Inveja se escondeu atrás da sombra do Triunfo, que com seu próprio esforço tinha conseguido subir na copa da mais alta árvore.

A Generosidade quase não conseguia se esconder, pois cada local que achava lhe parecia maravilhoso para algum de seus amigos, ao contrário do Egoísmo, que encontrou um ótimo lugar só para ele.
A Mentira se escondeu no fundo do oceano ( mentira! Foi atrás do arco-íris).

O Esquecimento, não me recordo onde se escondeu. Quando a Loucura estava lá pelo 999.999, o Amor ainda não havia achado um lugar para se esconder, pois todos estavam ocupados. Até que encontrou um roseiral e decidiu ocultar-se entre as rosas. Um milhão! - terminou de contar a Loucura e começou a busca. A primeira a aparecer foi a Pressa, apenas a três passos de uma pedra.

Depois escutou a Fé discutindo com Deus sobre teologia. Em um descuido encontrou a Inveja e, claro, pôde deduzir onde estava o Triunfo.

O Egoísmo não precisou ser procurado: saiu correndo de seu esconderijo, que era um ninho de vespas.

A Dúvida foi mais fácil, encontrou-a sentada em uma cerca sem decidir de que lado se esconder.

E assim foi encontrando a todos: O Talento, nas ervas frescas; a Angústia, em uma cova escura....Apenas o Amor não aparecia. Quando a Loucura estava dando-se por vencida, encontrou o roseiral, pegou uma forquilha e começou a mover os ramos. No mesmo instante ouviu-se um doloroso grito. Os espinhos tinham ferido o Amor nos olhos. A Loucura não sabia o que fazer para se desculpar. Chorou, rezou, implorou e até prometeu ser seu guia.

Desde então, o Amor é cego e a Loucura sempre o acompanha.

Como ser um jovem visionário

Já se foi o tempo em que o diploma, juntamente com os conhecimentos técnicos, garantiam uma boa posição no mercado de trabalho. Hoje as empresas analisam a capacidade técnica de um profissional e demonstram interesse pelas competências emocionais, comportamentais e, especialmente, pelas atitudes estratégicas e visionárias do jovem.

Ter visão de futuro é algo possível de ser desenvolvido. Muitos empreendedores, por exemplo, não nasceram, necessariamente, com essa vocação. A vontade de ter o próprio negócio e expandir o empreendimento é algo criado no ser humano por meio do desejo adquirido, além das motivações educacionais e profissionais que eles têm ao longo da vida.

É nesse contexto que se dá a importância de desenvolver o lado empreendedor do jovem como alternativa de negócio para o futuro ou mesmo para desenvolver características relacionadas à inovação e gerenciamento de situações adversas. No entanto, ainda há poucas instituições de ensino realmente empenhadas em desenvolver este conceito em seus alunos.

Esta responsabilidade não é somente das universidades ao prepará-los para o mercado, é preciso entender que desenvolver o lado visionário dos jovens é importante desde a formação básica. Hoje já existem escolas que possuem essa preocupação e desenvolvem programas de incentivo, como uma forma de criar nos jovens, atitudes empreendedoras.

Entre as poucas escolas que promovem essa visão, algumas fazem com que eles vivenciem a experiência na prática, por meio de acompanhamento do trabalho e também de empresas juniores. Neste caso, os alunos passam por uma experiência de empreendedorismo com a criação de uma empresa real com a estrutura necessária e os cargos definidos. Além de fazer com que os adolescentes despertem interesse pelo futuro profissional, esses projetos reservam a eles um aprendizado que levarão para toda a vida, como base para desenvolver novas competências.

A boa notícia é que os jovens brasileiros estão cada vez mais interessados pelo assunto e tentam colocar em prática o desejo de ser o seu próprio chefe, como mostra a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2008. Nos últimos oito anos, o número de empreendedores até os 24 anos aumentou em quase 12% no Brasil, país que está na lista dos que mais possuem índices de empreendedorismo jovial. Segundo o levantamento feito pela GEM, 25% de empresários no país possuem idade entre 18 e 24 anos. E a grande novidade é que apenas 32% deles abriram o próprio negócio por necessidade financeira, os outros 68% o fizeram por oportunidade.

Esses dados comprovam que não existe idade para o empreendedorismo, porém há algumas características importantes a se desenvolver antes de abrir o próprio negócio. Empreender significa ter paciência, responsabilidade, pensamento estratégico e força de vontade para enfrentar desafios; habilidades que talvez os jovens com menos de 24 anos ainda não possuam por pouca experiência de vida e ensino direcionado.

É nesse ponto que entra o papel das instituições de ensino. É necessário desenvolver nas crianças e principalmente nos adolescentes, mais que conhecimentos técnicos e didáticos. É preciso proporcionar melhoria nas competências emocionais e também comportamentais. Para isso, a maneira mais simples é a atividade em grupo, bem trabalhada pelo educador, de maneira que os jovens possam interagir com os demais colegas, desenvolver estratégias para divisão de tarefas e criar responsabilidade pela entrega de um bom projeto.

Cabe às escolas e aos educadores, juntamente com as famílias, compreenderem que possuem papéis fundamentais na preparação dos estudantes no envolvimento em projetos assertivos. Desse modo, desenvolverão não só competências intelectuais, mas a prática e a disposição para lidar com situações de crise, de interação e responsabilidade, destacando-se no mercado profissional e na condução da vida como um todo.

Por Dorotéia Bartz, coordenadora do Ensino Médio do Colégio Humboldt
FOnte: Administradores.com

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A Cultura Organizacional como atração de talentos

A retenção de talentos no ambiente das pequenas e médias empresas começa a ser vista como um dos fatores essenciais para o sucesso do negócio. Tanto assim que já há uma clara tendência de investimento na formação da próxima geração de dirigentes, em especial entre as companhias de grande porte. A crescente valorização dos profissionais da média gerência, por exemplo, está associada à política que passou a ser adotada por diversas empresas preocupadas com a sua autopreservação em identificar, treinar e promover sua futura geração gerencial. Há uma clara preocupação de selecionar aqueles com potencial para fazer parte de uma nova geração de executivos. A empresa pode oferecer desafios maiores ou menores, isso tudo depende do momento e das expectativas do profissional. Assim, falar de desenvolvimento humano na organização requer um pensamento nas duas grandes dimensões que envolvem o trabalho: o ser humano e cultura organizacional. A fidelização de um funcionário para com a empresa é influenciada por meio dos atrativos que a empresa oferece e da conciliação dos mesmos com os objetivos pessoais de cada indivíduo. Este processo de retenção começa ainda mesmo durante o processo seletivo, onde a empresa expõe suas fortalezas e fraquezas, fala de seus fornecedores, da relação com o cliente e sem dúvida de como trata e reconhece seus funcionários. Já nesta etapa o profissional é apresentado às normas, valores e princípios impostos pela empresa, e como se não bastasse, ainda conhecem o modo se pensar de seus futuros colegas a respeito da organização: seus anseios, seus objetivos, suas expectativas, os rituais de confraternização por reconhecimento e mérito, a foram como a empresa trata e desenvolve seus colaboradores. A cultura organizacional é, portanto, a imagem, a “cara” da empresa. Esta imagem é formada diariamente por todos os que fazem parte da empresa, através das normas formais e da criação de grupos informais. São as pessoas que formam a cultura da organização à medida que se movimentam pelos diversos cargos existentes e por onde passam disseminam o modo da empresa ser. È esta imagem, construída por todos, que é repassada para os stakeholders, os parceiros laterais da organização. O comportamento humano é produto de forças culturais e políticas do passado e do presente. O modo como se gerencia uma organização sempre estará ligada ao contexto cultural do qual ela pertence. A cultura influencia, portanto, as orientações tomadas no seio de cada conjunto social e os jogos estratégicos por meio dos quais cada indivíduo defende seus interesses e suas convicções (MOTTA e CALDAS, 1997).